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Fábio e Verônica, Verônica e Fábio. Um escritor e uma musicista, pelo menos aspirantes a isso rsrs! Amantes das letras, dos sons e de tudo que é arte! Amigos acima de tudo! Fizemos esse cantinho para dividir nossas idéias e ideais aos olhos da Net!

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Bancos de Esperma

Eu gosto muito do canal “Record News”, é uma espécie de canal de notícias 24 horas, aqui pega no canal 18 UHF, meio chuviscada a imagem, mas nada que não dê para ver. Esses dias estavam passando uma matéria a respeito de bancos de esperma e no final eu fiquei sem saber ao certo que opinião eu tinha sobre isso.
A reportagem era sobre mulheres que tinham engravidado através desses bancos de esperma. Algumas tinham maridos, mas não podiam ter filhos e o marido concordara que a mulher engravidasse dessa forma (eu achei super corajoso e compreensivo da parte do homem, afinal a mulher dele ia pôr esperma de outro homem para ter um filho seu – que na verdade, tecnicamente, seria filho desse outro homem, então em vez de adotar, ele aceitou que a mulher fizesse assim para poder, como ela provavelmente queria, estar grávida), outras se utilizaram desse jeito por serem lésbicas, e creio que certamente deve ter as que usaram esse artifício por quererem fazer uma “produção independente” (dessas eu tenho um pouco de pena, afinal a criança poderia ter um pai, e o mais provável é que a mulher queira fazer assim apenas por ter sofrido muito no amor, e desacreditado, e ninguém deveria desacreditar no amor, afinal é o poder mais forte que existe).
O interessante é que uma dessas mulheres inventou um saite com banco de dados, com o fim de localizar os pais que quisessem se identificar. Afinal acredito que muitos filhos querem pelo menos saber quem é o pai, mesmo que isso não responsabilize o homem por nada (a lei assegura isso aos doadores.). Nesse sistema do saite consta qual banco a mulher buscou sua amostra de esperma, qual a identificação do doador (os homens são identificados apenas por letras e números) e deixam espaço para que os homens, caso queiram, escrevam alguma mensagem, conversem e até troquem contatos. Apareceram casos de duas mulheres, uma com 5 e outra com 2 filhos, do mesmo pai, que se encontraram através desse sistema.. Eu não entendo bem o porquê disso, afinal a intenção da mulher que engravida dessa forma é não saber o pai. Creio que a curiosidade fala mais alto. E o direito dos filhos, claro.
O que me ficou um pouco menos esclarecido nisso tudo é o papel do homem que doa. Não sei se concordo com isso. Até porque tudo gira ao redor do vil metal. Sim, o caso é apenas dinheiro. Eles doam porque pagam por isso. OK, muitos me dirão que já que tanto
esperma é desperdiçado e que o corpo é de cada um que façam o que quiserem, mas para mim não é só isso. Afinal existe tanta comida sendo desperdiçada e nem por isso doam (o que é uma pena). Fico pensando que o que importa é a intenção. Uma coisa é doar para de repente ajudar alguém, outra coisa é doar mais de 200 amostras (como no caso da reportagem), o que para mim só pode ser pelo dinheiro, e ainda achar natural, achar mesmo depois de ver os “filhos” que sente uma sensação “como se aquelas crianças não tivessem nada a ver com ele” e saber que pode ter mais de 200 filhos pelo mundo afora.
Claro que eu respeito a decisão de cada um e cada um faz o que quer, mas para mim é, no mínimo estranho. Se pensasse em doar algum dia, teria que ter uma conversa ferrenha com minha consciência, e é bem provável que ela ganhasse.

Agradecimento a Fábio Nunes de Moura pela sua contribuição. Nota expressa sua opinião. (Escrito em 29/10/2008).

9 comentários:

elisabete fialho disse...

OI viva,minha posição sebre este tema provavelmente, pode ser chocante...porém é a minha postura
Repare tenho 44 anos(já são alguns)
Desde sempre histórias de filhos que não conhecem o pai foi coisa banal e corriqueira,Com os bamcos de esperma...fica igualzinho sem tirar nem pôr
Depois temos a situação dos direitos, bom ai eu pergunto neste viver sem nexo alguém tem direito de alguma coisa???
Quem fica a ganhar???Bom o pessoal gay, pode tirar algum partido disso...ter filhos finalmente
Os putos que por ai andam, nos orfanatos a espera de que os ame...vão continuar à espera como sempre ficaram.
Os casais que optam por esta modalidade que bem podiam odoptar e dar o mesmo amor...quem tem dinheiro vão aderir sempre por este meio,porque assim é mais facil a ilusão
E feitas as contas...de uma forma mais esterelizadamente moderna tudo fica na mesma
Desculpem o mau jeito mas é minha opnião(coisa de mulher que treina para a terceira idade)
Abraço

Assim que sou disse...

Para muitas mulheres, o desejo de ser mãe está muito além ou muito mais endógeno do que fazer crescer alguém,com amor, carinho, educação e sustento. E nesse sentido, gestar é fundamental. Acho corajosa a decisão: seja pela adoção, quanto pelo uso do banco de esperma. Ser mãe é sempre uma grande aventura empírica. Ninguém é treinado para isso, mas um dia, ao ter que viver, descobre na tentativa e erro, que aquela é a mais transformadora história que podia ter experimentado.

bjs. Veronica

Cris Medeiros disse...

Há casos e casos e como tudo no mundo sempre têm aqueles que desvirtuam a intenção de quando algo foi criado...

Banco de esperma é algo válido para casais que que um dos parceiros não pode ter filhos, para casais de homossexuais e até para produção independente, o problema é a deturpação que virá a partir disso que nem sabemos ao certo o qual será pois isso é algo relativamente novo... As consequências negativas mesmos só teremos daqui mais uns cinquenta, cem anos...

Só sei dizer que não utilizaria tal serviço, adotaria uma criança já pronta, sou super a favor da adoção.

Gostei da fotinha no final do post... rs

Beijocas

Bem Resolvida disse...

Acho que a maioria das mulheres nem faz isso pra não saber quem é o pai, não, mas mais pela vontade de ter filhos e a falta de um parceiro..pelo menos me parece isso
Agora...acho muita frieza um homem ter noção que tem filhos por aí e não ligar pra isso, se quer sentir uma curiosidade ou sei lá, vontade de conhecer...é um filho!!!
Mas quando lembro do pai da minha filha que conviveu com ela e ainda assim é completamente desapegado, já ficou 7 meses sem se quer dar um telefonema pra saber da filha e agora já está há 7 meses de novo sem procurar a filha...penso que paternidade é algo imensamente diferente de maternidade, me refiro à parte sentimental, pois a biológica é fato que tudo é diferente.
Tem homem que simplesmente não tá nem aí se tem filhos ou não....é um desapego que eu, como mão, não compreendo. E penso da seguinte forma. Oferecer seu esperma para ajudar uma mulher infértil ou algo parecido seria um ato de caridade, mas sair "vendendo filho" é coisa de gente falha!!

Mas a humanidade é falha, assim como eu e vc tbm somos!! Mas pelo menos eu tento melhorar....
Sinto por essas crianças. Eu me sentiria meio ET se tivesse sido feita à partir de um banco de espermas.

Bem Resolvida disse...

Sem contar que...adotar uma criança é um ato tão nobre, um sonho meu que infelizmente não posso realizar por problemas financeiros mas essas pessoas que arrumam um "banco de esperma" como pais de seus filhos...nossa, elas poderiam adotar uma criança, com certeza cresceriam mais como indivíduo!!

Alessandra Castro disse...

Olha...Eu vendo meus ovulos. Os bichinhos até o momentos naum tão servindo p/ nada mesmo.

Beto Canales disse...

Acho tudo isso meio estranho, e com algum risco. Podem, por ex., irmão casar com irmão sem saberem.... sei lá...

o que me vier à real gana disse...

E que excelência terá a tua consciência, se essa batalha vier a ser travada e ela ganhar!

Jana Lauxen disse...

Sabe, não posso deixar de concordar com você.
Apesar dos dircursos libertários e democráticos sobre "cada-um-faz-o-que-quer-com-seu-corpo-e-sua-vida", acho estranhíssimo esse negócio de bancos de esperma.
Eu não gostaria de ser fecundada por nenhum desconhecido, do mesmo jeito que meu maridinho, sem dúvidas, não iria gostar.
Sou bem mais a favor da adoção.
Bem mais.


Abraços
:)

Desarranjo Sintético

Desarranjo Sintético
"Era um grande nome — ora que dúvida! Uma verdadeira glória. Um dia adoeceu, morreu, virou rua... E continuaram a pisar em cima dele." Mario Quintana