Hoje é a minha vez de meter o pau (sem deboche, ok!) no livro das putas. Como nós 4 do blog lemos o tal livro, cada um vai por a sua crítica a respeito aqui (duvido que tenha algum elogio, rsrs). Não li o que a Vê escreveu, porque não queria que influenciasse a minha opinião, apesar de termos conversado a respeito já, e eu já sabia que ela não tinha gostado, como eu. Mas para o post, minha opinião está intacta!
Depois de minha amiga alugar e me emprestar o livro “Crônica de uma morte anunciada”, de Gabriel García Márques, me deu vontade de ler mais alguma coisa do mesmo autor. Depois eu li um de contos “Os funerais da mamãe grande”, que não gostei muito. Minha amiga aproveitou a onda para pegar o “Memórias de minhas putas tristes”, que eu logo quis ler, porque desde que quando lançaram e eu o vi na livraria achei que seria bem interessante, apesar de nunca ter ouvido uma crítica boa do livro de um amigo.
Depois de ler eu descobri porque quem leu não gostou! Eu não só não gostei como não recomendo. Quando eu li sua resenha pela primeira vez achei que seria muito legal, porque falava de um senhor que na oportunidade de seu aniversário de 90 anos se daria de presente uma noite louca de amor com uma virgem. Gostei do assunto e fiquei pensando como seria abordado. Será que a história seria parte da autobiografia do autor? Será que o personagem tinha algum fetiche? Alguma fantasia que levaria a cabo aos noventa anos porque afinal de contas ninguém tinha mais nada a ver com seu resto de vida? E se fosse assim como ele faria?? Afinal a lei da gravidade é ativa para todos, ou não??? Depois pensei que seria como um monólogo, um senhor, relembrando todas as “putas” por onde já andou. Mas porque as putas é que eram “tristes”? Não seria ele quem deveria estar triste com as recordações que não voltam?
E nem com essa imaginação tão fértil eu obtive sucesso. O livro não falava de nada disso ou qualquer outra coisa parecida. Era diferente, e isso seria bom se não fosse tão ridículo. Quem não leu o livro e pretende ler (meus pêsames!), não leia daqui para frente porque falarei sobre a história. O velho era um tipo de jornalista e era, ou se considerava tão feio que andava em tudo que é “puteiro”. E conta a história de quando ele fez noventa anos e resolveu, como já disse, se dar uma “louca?” noite de amor com uma virgem. E tinha que ser virgem. E como ele cliente de uma “casa de tolerância” onde a cafetina era sua amiga, ele pediu que ela providenciasse tudo. O livro explicitou que foi “muito”, “muitíssimo” difícil achar uma ninfeta virgem hoje em dia (o que é verdade, rsrsrs). Mas ela pegou uma pobre coitada, que realmente era pobre e coitada, e fez com que ela esperasse ele no quarto. Quando ele chegou lá ela estava dormindo e ele ficou enternecido com a nudez linda da moça (que na verdade tinha apenas 14 anos), e apenas se deitou ao lado dela sem acordá-la e ficou ali, sentindo o respirar dela, etc. etc. E inventou, sim eu disse inventou, que o nome dela deveria ser “Delgadina” (coitada!), apenas porque ele gostava de nomes grandes! Depois voltou para casa, isso sem ela ter sequer acordado. Daí decidiu que queria de novo e isso se repetiu por mais uma ou duas vezes. Ele ia, ela estava dormindo e nada, nada, eu disse nadinha de nada, acho que sequer um toque! Isso que ele planejara uma “louca noite de amor”, ou seja, a resenha é no mínimo enganosa. E não venham me acusar de querer que o livro seja erótico. Não é nada disso, apenas acho que a história não foi sequer interessante! Nada aconteceu, em qualquer aspecto, e depois desses encontros ele ficou meio apaixonado e começou a escrever umas cartas de amor para a coluna que ele tinha no jornal, a escrever umas coisas modernas, ao que todos se surpreenderam porque ele sempre fora conservador. E também nessa parte a polícia bate lá na “casa da luz vermelha”, e a cafetina foge e o velho fica desesperado porque não tem mais como ver a tal Delgadina (dá para acreditar que ele queria ver ela “dormir” de novo?) e quando a cafetina volta, dá a entender que “vendeu” a virgindade da moça para se livrar da polícia, das contas, ou para não fecharem de vez seu estabelecimento (algo assim). Mas não fala claramente e o leitor que imagine o que quiser. O que te dá ainda mais raiva, porque depois de ela ficar virgem o romance todo (para mim a vagabundinha dormia de propósito, ou o pior, fingia que dormia, pois tem uma parte que ele escreve um recado para ela no espelho do banheiro com batom, e no outro dia aparece outra coisa escrita, mas ninguém sabe quem foi e consta que a guria “dormiu” o tempo todo, coisa que também o leitor que entenda como quiser) a cafetina vai e dá a entender que está pouco se lixando para a paixão do velho ou tampouco para a pobre coitada. E simplesmente acaba.
Não, não gostei. Se fosse algo parecido com o que imaginei seria melhor a meu ver. Mas pelos comentários à crônica da Verônica, vi que fica meio a meio. Tem gente que gostou. Ok, cada um na sua, rsrsrs. Vamos ver se leio algum outro dele para tirar a má impressão. Talvez “Cem anos de solidão”.
Quanto ao nosso calendário, resolvemos ter um surto de criatividade e fizemos isso. Espero que gostem tanto do resultado quanto eu gostei de fazer. Foi muito divertido. Como a Vê já falou, vamos postando no canto superior esquerdo do blog, conforme os meses vão passando. Em abril ficou a páscoa, ao qual desejo uma ótima para todos os leitores. E o dia do beijo. Que dispensa comentários. Imaginem beijos e chocolates! Realmente não tem nem o que falar! É bom demais!
Abraços a todos!
10 comentários:
Não tenho lido muito ultimamente...rs... Mas me lembrarei de não ler esse... rs
Beijocas
Pois é. É incrível, mas parece que lemos livros diferentes.
Abração
Nossa Fábio, se eu ja antipatizei o livro pelo post da Verônica, agora mesmo é que a minha pré-opinião sobre ele despencou!
Preciso ler com urgência, pra muito possivelmente também dizer depois: NÃO LEIA!
Abração! ^^
Não conheço o livro mas também não faz o meu género...
Beijocas
Olha no fim estamos fazendo com que as pessoas acabem lendo por curiosidade..... ok .... tudo bem .... mas na boa, não aproveitei nada dele, que tirem como um livro ruim, apenas isto, nada a somar em nós .....
Verônica Elias
Também fiquei com vontade de ler!
Acho que o post causou o efeito inverso?! rsrs
=)
Não conheço o livro, mas jáouvi boas criticas. No momento estou em uma fase adolescente, lendo a saga Twilight.
Bom, li Memórias de Minhas Putas Tristes há algum tempo. Não lembro bem do livro (!), mas lembro que também não gostei, não pelo mesmo motivo, mas realmente não me agradou.
Bom, um jovem não tem como apreciar um livro desses. Não é uma história, de aventureiros, piratas, ACONTECIMENTOS...; livro fala sobre a velhice. Coisas que só serão compreendidas quando se chegar lá. Não é a história a ser compreendida, é a inspiração que causa.
Vê, O livro não causou nada, não disse nada... É que tu não tens vivência suficiente para compreende-lo. Não importa a idade que tenhas(pouca ou muita)
Não é uma obra prima, mas tem valor. De algum lugar, causados por algum motivo, aqueles pensamentos se formaram... Não do nada. Não por nada.
Péssima resenha, qualquer livro contado desse jeito é só blá-blá-blá. O que você acha que é um romance? "Ah, o velho quer ter uma noite amor com uma virgem e cosegue uma menina de 14 anos, que dorme na primeira noite, ele se apaixona e não a acorda, passando a viver uma paixão, etc, etc..." E o que aconteceu no desenrolar da trama, e o texto lindamente escrito, e a masestria das palavras do grande Gabriel Garcia Marquez? Foi tudo pro lixo? Que livro você leu? Ah, esqueci. Você deve gostar de coisas como "Marcada" ou "Crepúsculo". Sorry, você decididamente não gosta de ler.
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