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Fábio e Verônica, Verônica e Fábio. Um escritor e uma musicista, pelo menos aspirantes a isso rsrs! Amantes das letras, dos sons e de tudo que é arte! Amigos acima de tudo! Fizemos esse cantinho para dividir nossas idéias e ideais aos olhos da Net!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Foco na violência

Quando eu cursava umas cadeiras de um curso técnico em comunicação, tive a oportunidade de ter uma aula-palestra com o jornalista André Haar (sim é aquele que passou da globo para a Record).

Entre outras coisas como a história de vida dele e como ele tinha começado na carreira, mostrou-nos vídeos de reportagens enfatizando que a emissora dele (o que no fim vale para todas, porque criar hoje em dia é o mesmo que “copiar” do concorrente) iria mudar o modo como apresentavam as reportagens. O vídeo, se não me engano, era de uma tragédia como alagamento, e mostrava uma senhora caindo no chão, e o que o André Haar nos falou é que em seguida, eles iriam focar a “ação”, ou a “polêmica”, não lembro bem as palavras dele, mas foi algo assim, e frisou que se aquela reportagem fosse exibida com esse novo método a primeira coisa a ser mostrada seria a senhora caindo, para depois explicar do que se tratava.

E como todos podem ver, é o que está acontecendo. Eles estão focando praticamente só a violência, as desgraças, as insanidades humanas, a inanição e o desespero. Técnicas para ganhar ibope? Estão passando o que o povo gosta, no estilo sexo, drogas e rock’n’roll? (na verdade hoje em dia a ordem seria rock, drogas e sexo, mais drogas e sexo, mais drogas, overdose e morte, mas deixa assim). Pode até ser isso, e claro, não é de hoje que o foco está nas desgraças, mas acho que a coisa andou sim piorando. Como diz a sempre “polemicamente correta” Dama de Cinzas: “ – Eles pegam uma coisa e batem, batem e batem!”. E é verdade, parece que agora eles nem deixam um intervalo para nossas mentes ao menos fingir que estamos bem ou seguros e já pegam outra aberração, outra tragédia hedionda e começam a falar insistentemente, é uma coisa que está saindo do controle, ou ao menos faz com que percamos o nosso.

Como dizia uma amiga minha de correspondência: “- É muita falta de Jesus no coração”. O mundo e as pessoas são loucas, tudo bem, mas essa mídia está criando um vácuo na bondade, parece que não existe uma notícia boa para escutarmos. Não que eu queria mascarar a realidade, mas não precisam focar quase que exclusivamente esse tipo de coisa.

Vou dizer que sempre gostei de telejornais, mas com isso não sei se não terei de achar alternativa, ou apenas assistir uma vez e me desligar das outras, o que meio que inconscientemente já ando fazendo, porque é muito chato ouvir uma notícia, sobretudo uma tragédia, tantas vezes e depois, como se diz, sempre é possível trocar de canal, ou ir ler um livro, ou fazer qualquer outra coisa mais agradável.

Agradecimento a Fábio Nunes pela sua contribuição. Nota expressa sua opinião. (Escrito em 29/07/2010 e postado em 04/08/10).

7 comentários:

Versos Meus disse...

Hey meu querido,
Mas é sempre assim, a mídia vive de sensacionalismo barato e nada melhor que a violência e os crimes pra fazer sucesso. A mídia, só pra não passar em branco, vez ou outra mostra algo relevante, uma ação digna de audiência, mas o tempo gasto com esse tipo de reportagem é mínimo, até parece que a gente gosta mesmo só de ver desgraças... enfim é a mídia que temos....
Obrigado pela presença sempre carinhosa em nosso blog e agora no Versos Meus também. :D
Abraços
Jay

Alysson disse...

Eu já comentei isso algumas vezes. É engraçado (pra não dizer coisa pior) o prazer mórbido que a mídia escancara de forma exaustiva as tragédias alheias. Quanto mais cruéis e mais inumanas são as notícias, mais foco e tempo de exibição elas ganham. Eu já chego a ter asco desses famosos casos trágicos (goleiro Bruno, a menina Nardoni, a garota que matou os pais, etc). Chego a um ponto em que começo a odiar até as vítimas!!!

Daí, após 55 minutos de tragédias naturais, humanas, animais e acidentais, os telejornais colocam nos últimos 5 minutos uma noticia bonitinha, pra alegrar os telespectadores e devolver um mínimo de esperança num futuro melhor...

Minha resposta? Parei de assistir e ler jornais...

Abração Fábio!

Cris Medeiros disse...

Adorei o título polemicamente correta... ahahah...

E é bem isso mesmo que você disse e que volta e meia eu bato nos meus posts... Pra quem passou dos 30 como eu, consegue ver uma enorme diferença do era a imprensa dos telejornais e jornais, para o que é hoje em dia... Algo absurdamente apelativo em cima da violência...

Beijocas

Madame Mim disse...

É, como comentei ontem no Baú do Jamal, é um hábito brasileiro, abolido em muitos países desenvolvidos com a intenção do povo acreditar mais no país.
O pior é que aqui ne fazendo isso o povo acorda, mas também não entendo o motivo se não por ibope e nada mais...
Logo cedo atrocidades, acho que não faz bem para nenhum ser humano. Na verdade não sei o que é pior a alienação ou estado constante de indiganação e lamentação por esta competicção de horrores...
Bjs
Bom findis (já)

Atitude: substantivo feminino. disse...

E o pior é que só mostram a notícia ruim e não dão uma proposta de solução. Quantas matérias vc assiste de gente propondo melhorias, promovendo debates..nada. Somos muito fracos nesse sentido. A Globo é um monopólio e as outras não querem oferecer nada melhor..aí fica difícil...

Flávia Batista disse...

oi Fábio... de fato, violência dá audiência. Polêmica dá audiência. Imagens grotescas dão audiência. Agora, é uma pena que o jornalismo precise usar destas coisas para sensibilizar ou atingir as pessoas.

Eu odeio quando no jornl começa a passar matérias com esse teor apelativo. Mudo logo de canal ou saio da frente da tv.

bjss

Anônimo disse...

As minhas aulas são de política esquerdista. E seus posts lembram as minhas aulas sim, fazer o quê. rs


Abraços aê.

Desarranjo Sintético

Desarranjo Sintético
"Era um grande nome — ora que dúvida! Uma verdadeira glória. Um dia adoeceu, morreu, virou rua... E continuaram a pisar em cima dele." Mario Quintana