Li faz algum tempo uma reportagem da ZH que falava que o índice de casais que decidem não ter filhos aumenta a cada dia. Que ocorre aos poucos uma mudança das famílias antigas para as novas. Mas não é sobre essa tendência que eu quero falar, e sim sobre o que os casais falavam na reportagem. Eles diziam que quando comunicavam às outras pessoas que não teriam filhos, sempre se passava uma cena de constrangimento, pois as pessoas achavam um absurdo os casais optarem por uma decisão dessas. Tanto é que alguns comentaram que combinaram entre si que quando surgissem as perguntas a respeito da prole, diriam que “estavam tentando”, pois assim as pessoas pensariam que um dos dois poderia ter um problema de infertilidade ou dificuldade e assim se calariam em vez de começar a ladainha a respeito de sua escolha.
Não é absurdo ter que esconder uma decisão dos outros para evitar preconceito, ou evitar ser moralmente aceito como casal. Se isso acontece com essa pequena diferença aos olhos da sociedade, imagina quem te uma outra opção sexual, ou religiosa, ou uma raça diferente da maioria.
Muitas vezes os pais querem que os filhos tenham determinada profissão, ou que tenham filhos, ou apenas que sejam normais aos olhos da sociedade hipócrita. Mas o que muitos desses pais têm que entender é que os filhos não são uma releitura da vida deles, que os filhos talvez possam não querer passar a limpo a vida deles sem os erros. Até porque cada um de nós tem que passar pela experiência própria e aprender com os próprios erros. E pior: muitos desses filhos podem ser diferentes do que a sociedade determina que é “normal”.
Então, por favor, o mundo já tem muita desgraça para as pessoas terem que lidar com o preconceito mundano de pessoas ignorantes que se preocupam com decisões que não afetarão em nada suas vidas, afinal a decisão afeta diretamente quem a escolhe, e quem escolhe é porque quer assim. É simples.
Não é absurdo ter que esconder uma decisão dos outros para evitar preconceito, ou evitar ser moralmente aceito como casal. Se isso acontece com essa pequena diferença aos olhos da sociedade, imagina quem te uma outra opção sexual, ou religiosa, ou uma raça diferente da maioria.
Muitas vezes os pais querem que os filhos tenham determinada profissão, ou que tenham filhos, ou apenas que sejam normais aos olhos da sociedade hipócrita. Mas o que muitos desses pais têm que entender é que os filhos não são uma releitura da vida deles, que os filhos talvez possam não querer passar a limpo a vida deles sem os erros. Até porque cada um de nós tem que passar pela experiência própria e aprender com os próprios erros. E pior: muitos desses filhos podem ser diferentes do que a sociedade determina que é “normal”.
Então, por favor, o mundo já tem muita desgraça para as pessoas terem que lidar com o preconceito mundano de pessoas ignorantes que se preocupam com decisões que não afetarão em nada suas vidas, afinal a decisão afeta diretamente quem a escolhe, e quem escolhe é porque quer assim. É simples.
Agradecimento a Fábio Nunes de Moura pela sua contribuição. Nota expressa sua opinião. (Escrito em 28/04/2008).