Uma semana atrás, mais ou menos, uma pessoa próxima a mim, me indicou este livro dizendo que havia lido apenas trechos dele e tinha se identificado. Achei-o na internet e baixei (calma vou comprar ele assim que terminar o livro), e ando com ele para cima e para baixo. Achei, lendo o livro, um trecho que agradece a pessoa que me indicou, agradece muito o bem que me fez em momento de total reflexão ao ler esta obra prima. Falta muito ainda para terminar, mas já valeu a pena desde a primeira página.
Bernardo Soares é um dos pseudônimos de Fernando Pessoa.
"...Não tomando nada a sério, nem considerando que nos fosse dada, por certa, outra realidade que não as nossas sensações, nelas nos abrigamos, e a elas exploramos como a grandes países desconhecidos. E, se nos empregados assiduamente, não só na contemplação estética mas também na expressão dos seus modos e resultados, é que a prosa ou o verso que escrevemos, destituídos de vontade de querer convencer o alheio entendimento ou mover a alheia vontade, é apenas como falar alto de quem lê, feito para dar plena objetividade ao prazer subjetivo da leitura. Sabemos bem que toda a obra tem que ser imperfeita, e que a menos segura das nossas contemplações estéticas será a daquilo que escrevemos. Mas imperfeito é tudo, nem há poente tão belo que o não pudesse ser mais, ou brisa leve que nos dê sono que não pudesse dar-nos um sono mais calmo ainda...”
Agradecimento a Verônica Elias. Nota expressa a sua opinião. Escrito em 18.06.2010.
4 comentários:
Eu tenho o Livro do Desassossego, é muito bom!
Bjks
E eu ando tão desassossegado ultimamente... abração Fábio!
Um dos livros de mnha lista para ler antes de morrer.
Fernando Pessoa é o tipo de autor que quanto mais velho você fica, mais passa a gostar. Porque, parece, que as suas observações se tornam mais emblemáticas.
Não sei se acontece com todo mundo, mas eu gosto cada dia mais do autor.
E belo trecho o que vc escolheu.
Bjo
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