Como eu já devo ter citado anteriormente, aqui nesse país precisa sempre acontecer um infortúnio irreparável para alguém do governo tomar alguma atitude (embora essas atitudes sejam muitas vezes insuficientes). Isso se aplicou mais uma vez ao maior desastre aéreo do Brasil, me refiro ao acidente do AirBus da TAM, vôo de número 3054, que vitimou em torno de 200 pessoas no vôo que saía do aeroporto Salgado Filho (Porto Alegre) para o aeroporto de Congonhas (São Paulo) e que bateu contra um prédio da TAM Express, explodindo. Pois é, agora que já é tarde demais, resolveram fazer as ranhuras na pista de Congonhas para o escoamento de água, coisa que se constata em diversos sites na Internet. É no mínimo uma desconsideração com os familiares, com certeza mais uma medida paliativa do governo, pois o aeroporto continua um caos, com cancelamentos e atrasos constantes. Pelo que se constatou nos depoimentos de diversas pessoas ligadas ao aeroporto, inclusive pilotos, a pista já vinha causando “sustos” há muito tempo. Eu sinceramente não entendo como qualquer que seja a empresa não tenha tomado as providências necessárias para a segurança não só dos seus funcionários, como (e principalmente) dos seus clientes, que no caso da aviação é sim um caso de vida ou morte. Também não entendo porque complicam tanto a identificação dos corpos das vítimas, já não basta o sofrimento e a espera dos parentes e eles ainda têm que enfrentar a burocracia da suposta lei que só funciona nas horas inadequadas. Deixo aqui meu desabafo, junto com minhas (e do pessoal do blog) condolências a todos os parentes e familiares das vítimas. E dizer, mais uma vez, que o maior desastre foi, de novo, a negligência do governo, da Infraero, dos responsáveis por Congonhas. E que todos estamos, de novo, tendo a esperança de que a punição venha, para que quem ficou possa ao menos ter um consolo.
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